Exploração de areia em Feliz Deserto: comunidade se mobiliza contra danos ambientais

Foto: Edilson Omena/Arquivo

Foto: Edilson Omena/Arquivo

A comunidade do Loteamento Paraíso do Sul, em Feliz Deserto, denuncia os impactos socioambientais causados pela exploração de areia realizada pela Geomineração Exploração Mineral Ltda.

Diante das denúncias, o prefeito Jorge Luiz Silva Nunes suspendeu, em 11 de fevereiro de 2025, a licença municipal para extração de areia na mina Canduípe. No entanto, a Geomineração reagiu processando tanto o prefeito quanto a prefeitura. Além disso, o professor universitário Wanderson Lessa Almenara, que tem alertado sobre os danos causados pela mineração, enfrenta dois processos, um civil e outro criminal, movidos pela empresa. Até mesmo a plataforma Change.org, que hospedava um abaixo-assinado contra a exploração, foi alvo de ações judiciais.

A extração de areia tem provocado a formação de crateras, o assoreamento do Rio Canduípe e danos estruturais em residências devido às vibrações causadas pelo maquinário pesado. O tráfego intenso de caminhões também contribui para a degradação das vias e a poluição do ar.

A Geomineração alega que sua atividade atende ao interesse público, fornecendo areia para o tamponamento das minas da Braskem em Maceió. No entanto, os moradores e ambientalistas rejeitam essa justificativa, ressaltando que a destruição ambiental e os danos sociais não podem ser ignorados.

A sociedade civil exige que os órgãos responsáveis pela concessão de licenças revisem seus processos e garantam a participação ativa da comunidade na tomada de decisões. O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) suspendeu a licença de operação da Geomineração em 19 de fevereiro de 2025, e há expectativa de que outras instituições adotem medidas semelhantes.

O manifesto convoca a sociedade alagoana a se mobilizar contra a exploração predatória de areia, reforçando a importância da proteção ambiental e dos direitos das comunidades afetadas.

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