Gastroenterologistas norte-americanos sugerem que os médicos estejam mais atentos aos exames de ferro de seus pacientes para que consigam detectar casos de câncer colorretal antes da fase avançada.
O crescimento da incidência de câncer colorretal ou de intestino entre pessoas mais jovens foi um dos principais assuntos do encontro anual do Colégio de Gastroenterologistas (ACG) dos Estados Unidos, realizado na Filadélfia no início desta semana.
Em outros países, como o Brasil, essa tendência também se verifica e os hábitos de vida, especialmente a alimentação, têm sido citados como a causas do crescimento.
“Nossas descobertas reforçam a necessidade de melhorar o rastreamento do câncer de intestino em pacientes mais jovens com o objetivo de melhorar a detecção precoce. É preciso investir em colonoscopias de triagem e em vigilância, mas também pensar em sinais precoces”, afirmou Abboud, durante o encontro.
Ferro e câncer de intestino
Os médicos sugeriram que a deficiência de ferro sirva de sinal de alerta, junto com outros sintomas, para o início de exames mais detalhados que verifiquem a possibilidade de câncer de intestino.
O papel exercido pelo nutriente em relação aos tumores cancerígenos vem sendo bastante pesquisado. As evidências até aqui são de que uma alimentação com muita quantidade de ferro favorece a formação de tumores, mas, conforme o câncer avança, a situação muda. Com o passar do tempo, os pacientes com câncer costumam apresentar anemia – doença provocada pela falta de ferro, que surge como uma consequência da dificuldade de absorção do mineral no corpo.
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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus
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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019
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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
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Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino
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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal
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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)
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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas
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A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor
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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino
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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana
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