Um desabafo da engenheira eletricista Paula Thereza Gewehr viralizou recentemente, reacendendo o debate sobre decisões judiciais em casos de guarda de menores. Em vídeos emocionados, Paula afirma estar “perdendo” a filha de dois anos após a Justiça do Maranhão conceder a guarda unilateral ao pai da criança, o advogado João Felipe Miranda Demito. Ele nega as acusações feitas pela ex-companheira.
A decisão, expedida pela 3ª Vara da Comarca de Balsas (MA), foi fundamentada em supostos indícios de alienação parental. Segundo o tribunal, Paula teria dificultado a relação da filha com o pai ao mudar-se para São Paulo, onde trabalha presencialmente três dias por semana.
Em um dos vídeos que repercutiram amplamente, Paula aparece chorando ao afirmar que a Justiça estava separando-a da filha. “Justiça nenhuma tira um filho de uma mãe. É um direito que a gente nasce, quando a gente honra esse papel”, lamentou.
A engenheira defende que nunca impediu o pai de ver a criança e que a mudança para São Paulo foi motivada exclusivamente por questões profissionais. “O único motivo que alegaram foi eu ter ido a São Paulo para trabalhar”, ressaltou. Antes, ela atuava em home office, o que facilitava o convívio do pai com a filha, mas com a exigência de presença no escritório, precisou se estabelecer definitivamente na capital paulista.
“E se fosse o contrário? Se eu tivesse largado meu emprego para ficar em Balsas… iriam alegar que eu era uma mulher desempregada e, por isso, não poderia criar minha filha? Me tirariam a guarda do mesmo jeito?”, questionou Paula.
O caso gerou grande comoção e dividiu opiniões nas redes sociais. Internautas criticam uma possível desigualdade de gênero nas decisões judiciais, enquanto outros destacam a importância da relação da criança com ambos os pais. Até o momento, João Felipe Miranda Demito não se pronunciou publicamente, além de negar as alegações de Paula.
O processo segue em andamento e novas decisões podem modificar o desfecho da disputa judicial.