Uma médica, de 28 anos, denunciou ter sido vítima de uma tentativa de estupro enquanto trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em um povoado no município de Lagarto, no interior de Sergipe. O crime teria ocorrido no dia 9 de setembro. No dia seguinte, a profissional foi desligada do cargo. No entanto, o caso veio à tona nesta segunda-feira (22/9).
Em depoimento ao Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), em Aracaju, nesta segunda (22), a médica relatou que estava sozinha em um consultório à espera de um paciente quando um homem entrou no local sem passar pela triagem e tentou cometer o abuso.
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Segundo o sindicato, a profissional afirmou que a gerente da unidade tentou desencorajá-la a registrar boletim de ocorrência e também negou liberar as imagens das câmeras de segurança para a polícia. A Polícia Civil informou que a vítima já foi ouvida, mas o suspeito ainda não foi identificado.
Prefeitura se manifesta
Em nota, a Prefeitura de Lagarto esclareceu que a médica não era servidora efetiva do município, mas prestava serviços na condição de Pessoa Jurídica (PJ) por meio de empresa contratada. Ainda segundo a gestão, a dispensa não teria relação com o crime, mas sim com uma mudança no regime de trabalho dos terceirizados, adotada antes do episódio.
A prefeitura informou que outros seis médicos que atuavam em regime de plantão também foram desligados. A profissional, de acordo com a nota, possuía outros vínculos empregatícios e não pôde se adequar ao novo formato.
A gestão acrescentou que a Polícia Militar foi acionada no dia do crime e esteve na unidade, mas a médica preferiu não registrar ocorrência no momento. Posteriormente, ela formalizou a denúncia em outro município.