Na manhã desta segunda-feira (14/10), diversos usuários de aplicativos bancários relataram dificuldades para realizar transferências via Pix. Esse sistema de pagamento instantâneo, que se popularizou no Brasil, passará por mudanças em suas regras a partir de 1º de novembro, com o objetivo de aumentar a segurança nas transações.
De acordo com o Banco Central do Brasil (BC), as novas diretrizes foram elaboradas para aprimorar os mecanismos de combate a fraudes e golpes, garantindo um meio de pagamento mais seguro. Entre as principais mudanças, destacam-se a implementação de soluções para o gerenciamento de risco de fraude e a exigência de dispositivos previamente cadastrados para transações de maior valor.
As instituições bancárias deverão adotar medidas como o uso de ferramentas capazes de identificar transações Pix atípicas, disponibilizar informações preventivas sobre fraudes aos clientes, e verificar, a cada seis meses, se os clientes têm histórico de fraude no Banco Central.
Novas Regras para o Uso do Pix
Os usuários também precisarão se adequar a novas exigências para realizar transações via Pix. Para transferências superiores a R$ 200, será necessário utilizar um dispositivo previamente cadastrado, como celular ou computador pessoal. Essa medida visa reduzir fraudes em que criminosos tentam utilizar dispositivos desconhecidos para acessar as contas dos clientes. Além disso, as transações com valores menores, de até R$ 200, poderão ser realizadas em dispositivos não cadastrados, desde que o limite diário não ultrapasse R$ 1.000.
O objetivo dessas mudanças, segundo Breno Lobo, chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, é aumentar a segurança e a inteligência de dados, permitindo que os bancos identifiquem comportamentos suspeitos com mais eficácia.
Com essas novas regras, o Banco Central espera reduzir o número de fraudes envolvendo o Pix e garantir maior segurança para os milhões de brasileiros que utilizam o serviço diariamente.