Em reunião na terça-feira (26), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, deixou seu cargo à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como forma de dar exemplo a outros ministros que resistem à reforma ministerial.
Os ministérios que devem ser entregues a representantes do Centrão sairão da cota pessoal de Lula e do Partido dos Trabalhadores (PT). Por conta disso, Padilha disse a aliados que decidiu “puxar a fila” ao oferecer seu posto para o presidente.
Lula ainda não decidiu quais pastas serão entregues para o Centrão.
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Mesmo que tenha sido dito em tom brincadeira, afinal Padilha tem sido o responsável pela articulação do governo federal com o Congresso –e com os parlamentares do Centrão–, o ministro quis passar o recado para aqueles que estão “resistindo” à reforma ministerial.
Ao colocar seu cargo à disposição e incentivar outros ministros a fazerem o mesmo, Padilha tenta constranger quem está apegado ao cargo e demonstrar que a decisão cabe a Lula e será respeitada, seja qual for.
As mudanças na Esplanada dos Ministérios ainda dependem de uma reunião de Lula com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e depois com os representantes do Centrão que devem receber as pastas. Na semana passada, Padilha se reuniu com dois nomes cotados: o líder do Progressistas, André Fufuca (PP-MA), e o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).