O recente anúncio de Elon Musk sobre o fechamento do escritório da rede social “X” no Brasil gerou uma reação inesperada e polêmica do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT). Em meio a uma briga jurídica com o Supremo Tribunal Federal (STF), Teixeira expressou sua satisfação com a decisão de Musk e fez questão de demonstrar seu desdém publicamente.
O fechamento do escritório no Brasil ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes ameaçar representantes da plataforma com prisão devido ao descumprimento de ordens judiciais. A tensão entre a rede social e o STF se intensificou, levando Musk a tomar a drástica decisão de encerrar as operações no país.
Teixeira, que tem sido uma figura proeminente no governo Lula, usou suas redes sociais no “X” para ironizar a situação. Em um post no sábado (17/8), mesmo durante o luto nacional pela morte do apresentador Silvio Santos, o ministro fez uma postagem com a mensagem “bye bye Elon Musk”. No dia seguinte, Teixeira voltou a expressar seu contentamento com a situação, provocando ainda mais controvérsia.
Elon Musk, proprietário da “X”, fez uma declaração em que atribui a decisão de encerrar as operações no Brasil diretamente ao ministro Alexandre de Moraes. Musk argumentou que os brasileiros teriam que escolher entre apoiar o ministro do STF ou defender a democracia. A postura do empresário sul-africano gerou uma onda de debates sobre a relação entre plataformas digitais, liberdade de expressão e o papel dos órgãos judiciais no Brasil.
A decisão de Musk e a reação de Teixeira ilustram a crescente tensão entre a tecnologia e o poder judiciário, bem como as complexas dinâmicas políticas e sociais que influenciam a governança da internet no Brasil. O fechamento do escritório da “X” representa não apenas uma mudança significativa para a rede social, mas também um ponto de inflexão no debate sobre a regulamentação das plataformas digitais no país.