As atletas australianas, conhecidas como Matildas, apelido dado à seleção feminina de futebol do país, divulgaram um vídeo em que denunciam a disparidade de gênero no prêmio oferecido às vencedoras da Copa do Mundo, expressando apoio a jogadoras que tiveram negado “o direito básico” de chegar a um acordo coletivo em suas negociações salariais.
O vídeo, apoiado pelo sindicato dos jogadores profissionais da Austrália, apresenta todos os membros da equipe co-anfitriã da Copa do Mundo Feminina e ocorre em meio a disputas salariais que acontecem em várias seleções que disputam o torneio. O Mundial começa na quinta-feira (20).
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As Matildas entraram em greve em 2015 para exigir melhores salários e receberam a mesma porcentagem mínima de premiação em dinheiro para torneios que recebe a seleção masculina australiana, os Socceroos. Em 2019, conseguiram um acordo coletivo.
No entanto, as atletas irão competir na Copa do Mundo por uma fração da premiação total de 440 milhões de dólares que foi oferecida às seleções masculinas na Copa do Mundo do ano passado, no Catar.
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A brasileira Marta é não só a maior artilheira das Copas do Mundo Femininas, mas de todos os Mundiais, incluindo os masculinos. Com 17 gols, ela ultrapassou o alemão Miroslav Klose, que era até então o maior goleador da história do torneio
Crédito: Rico Brouwer/Soccrates/Getty Images
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A alemã Birgit Prinz é a segunda maior goleadora da história das Copas femininas. Com 14 gols, está empatada com a norte-americana Abby Wambach. Prinz é bicampeã do mundo, tendo conquistado as taças de 2003 e 2007
Crédito: Boris Streubel/Getty Images
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Campeã mundial em 2015, Abby Wambach compartilha com Birgit Prinz o posto de segunda maior goleadora das Copas do Mundo Femininas, atrás apenas de Marta. Ela também tem um vice-campeonato mundial e duas medalhas de ouro olímpicas
Crédito: Lars Baron – FIFA/FIFA via Getty Images
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A norte-americana Michelle Akers, com 12 gols em Copas, é a terceira maior goleadora da história da competição. Ela tem dois títulos mundiais, em 1991 e 1999
Crédito: Doug Pensinger /Allsport
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Bettina Wiegmann, camisa 10 da Alemanha, marcou 11 gols em Mundiais e conquistou o título mundial em 2003
Crédito: Stephen Dunn/Getty Image
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A brasileira Cristiane também marcou 11 gols em Copas do Mundo. A atacante, que não disputará o torneio na Austrália e Nova Zelândia, foi vice-campeã em 2007
Crédito: Zhizhao Wu/Getty Images
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A chinesa Sun Wen fecha a lista das atletas empatadas em quarto lugar no ranking. Com 11 gols no total, ela foi a goleadora do Mundial em 1999, quando a China terminou com o vice-campeonato
Crédito: Stephen Dunn/Getty Images
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A canadense Christine Sinclair é uma das três jogadoras empatadas em quinto lugar no ranking de artilheiras das Copas, com 10 gols
Crédito: Naomi Baker – FIFA/FIFA via Getty Images
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Heidi Mohr, da Alemanha (esq.), também marcou 10 gols em Mundiais. Ela faleceu em 2019, aos 51 anos, vítima de câncer
Crédito: Bongarts/Getty Images
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Ann Kristin Aarones, jogadora da Noruega, foi campeã do mundo em 1995 com a seleção norueguesa. Empatada com Mohr e Sinclair, anotou 10 gols em Copas
Crédito:
“Setecentos e trinta e seis jogadoras de futebol têm a honra de representar seus países no maior palco deste torneio, mas muitas ainda não têm o direito básico de se organizar e negociar coletivamente”, dizem as jogadoras no vídeo.
“A negociação coletiva nos permitiu garantir que agora tivéssemos as mesmas condições que os Socceroos, com uma exceção — a Fifa ainda oferecerá às mulheres apenas um quarto do prêmio em dinheiro que os homens recebem pela mesma conquista.”
A Fifa, órgão regulador global, não fez comentários a respeito.
A premiação total da Copa do Mundo Feminina é de US$ 110 milhões (cerca de R$ 528 milhões), cerca de 300% a mais do que a Fifa ofereceu para o torneio de 2019 na França.