Na última quinta-feira (30/5), autoridades dos Estados Unidos confirmaram o terceiro caso humano de gripe aviária ligado ao atual surto do vírus em gado leiteiro no país. Os dois outros casos também são trabalhadores que lidavam com vacas leiteiras infectadas.
Este é o segundo caso relatado no estado de Michigan, que começará em breve a testar trabalhadores de fazendas leiteiras em busca de sinais de infecção anterior com gripe aviária, de acordo uma autoridade de saúde do condado.
Em comunicado, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA afirma que todos os três casos foram transmitidos de vacas para humanos, e não de humano para humano, o que seria mais preocupante.
O CDC informa que o trabalhador relatou sintomas no trato respiratório superior, incluindo tosse sem febre e desconforto ocular com secreção aquosa. Ele recebeu tratamento antiviral, está isolado em casa e os sinais da doença estão desaparecendo. Os familiares do paciente não desenvolveram sintomas e estão sendo monitorados.
O homem não usava equipamento de proteção individual, recomendado pelas autoridades de saúde para aqueles que têm contato próximo com rebanhos leiteiros.
Gripe aviária
Nos últimos anos, um vírus da gripe aviária altamente patogênico chamado HPAI H5N1 espalhou-se e infectou mais de 50 espécies animais, incluindo, desde março, o gado leiteiro nos Estados Unidos.
Ao contrário da Europa, os agricultores americanos podem alimentar o gado com resíduos de galinha triturados, o que alguns cientistas dizem que pode ser um fator de risco para a gripe aviária. A indústria dos alimentos para animais contesta a afirmação e as autoridades dos EUA acreditam que as aves selvagens são responsáveis pela infecção das vacas.
“Encontrar um novo caso não foi surpreendente porque Michigan estava testando proativamente os trabalhadores agrícolas. Porém, o risco para o público em geral que não está exposto a animais infectados permanece baixo”, afirma o órgão.
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