A vitamina D3 é essencial para a saúde do corpo, desempenhando um papel crucial na absorção de cálcio e na manutenção de ossos fortes. Além disso, essa vitamina ajuda a fortalecer o sistema imunológico e pode prevenir diversas doenças, como osteoporose e infecções.
A vitamina D é um termo geral que se refere a dois tipos principais: a D2 (ergocalciferol) e D3 (colecalciferol). A nutricionista esportiva Rayanne Marques, da Clínica Aesthesis, em Brasília, explica a D2 é encontrada em alimentos de origem vegetal e em alguns suplementos, enquanto a D3 é produzida pela pele ao ser exposta ao sol e é encontrada em alimentos de origem animal.
“A D3 é considerada mais eficaz do que a D2 na elevação dos níveis de vitamina D no corpo, sendo mais facilmente absorvida e utilizada”, diz.
A deficiência de vitamina D3 é um problema comum entre alguns grupos da população, conforme explica Rayanne. Idosos, pessoas com pele mais escura, gestantes, lactantes e aqueles que passam muito tempo em ambientes fechados estão entre os mais propensos a desenvolver essa carência. “Esses grupos têm maior risco devido à menor exposição ao sol ou à capacidade reduzida de sintetizar a vitamina pela pele”, destaca.
A falta dessa vitamina pode causar uma série de complicações, incluindo problemas ósseos, como raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos, além de fadiga, dores musculares e maior suscetibilidade a infecções.
A nutricionista Amanda Jhessy, que atua em Brasília, complementa que a deficiência de vitamina D também afeta pessoas com mobilidade reduzida e aquelas que seguem dietas pobres em proteínas de origem animal.
Segundo ela, a carência da vitamina pode levar ao desenvolvimento de doenças ósseas graves, como osteoporose, além de contribuir para outras condições como diabetes, obesidade e problemas no sistema imunológico. “A deficiência de vitamina D não apenas prejudica os ossos, mas pode enfraquecer o sistema imunológico e afetar a saúde mental”, acrescenta Amanda.
Sinais que indicam deficiência de vitamina D3
De acordo com a nutricionista Amanda Jhessy, a fadiga constante e o cansaço persistente são os primeiros sinais, prejudicando a disposição e a capacidade funcional no dia a dia. Além disso, dores nos ossos e músculos são comuns, apontando a necessidade de suporte para a saúde óssea e muscular.
Outro sintoma frequentemente associado à deficiência é a queda de cabelo excessiva. “A alopecia pode ser um indicativo de baixos níveis de vitamina D, essencial para a saúde capilar”, explica Amanda.
A profissional também menciona que infecções recorrentes podem indicar que o sistema imunológico está comprometido, já que a vitamina D desempenha um papel fundamental na modulação da resposta imune.
Além disso, dificuldades na cicatrização de feridas podem ocorrer devido a uma deficiência na regeneração celular, bem como o desconforto nas articulações, conhecido como artralgia. A falta de vitamina D também pode resultar em alterações de humor, como ansiedade e depressão.
Confira os benefícios da vitamina D3
Fortalecimento ósseo: A vitamina D3 ajuda na absorção do cálcio e fósforo, promovendo a mineralização óssea e prevenindo doenças como osteoporose;
Função imunológica: A D3 desempenha um papel essencial na regulação do sistema imunológico, ajudando a reduzir o risco de infecções;
Saúde mental: Estudos sugerem que níveis adequados de vitamina D3 podem melhorar o humor e ajudar na prevenção de distúrbios como depressão;
Redução da inflamação: A D3 tem propriedades anti-inflamatórias, o que colabora para a prevenção de doenças crônicas;
Função muscular: Níveis adequados de D3 são essenciais para o bom funcionamento muscular, prevenindo fraqueza e quedas, especialmente em idosos.
Contraindicações de uso
A suplementação de vitamina D3 pode trazer benefícios, mas deve ser feita com cautela, especialmente devido ao risco de hipervitaminose D, que ocorre quando os níveis da vitamina se tornam excessivamente altos no organismo.
A nutricionista Rayanne alerta que essa condição “pode levar à toxicidade, resultando em níveis elevados de cálcio no sangue, causando sintomas como náuseas, vômitos, fraqueza, problemas renais e calcificação de tecidos moles”.
Ela ressalta que pessoas com condições médicas específicas, como sarcoidose, hipercalcemia ou distúrbios renais, devem consultar um médico antes de iniciar a suplementação.
Já a nutricionista Amanda Jhessy acrescenta que pacientes com doenças renais, especialmente aqueles com insuficiência renal, precisam ter cuidado, pois a vitamina D é metabolizada nos rins e pode agravar a condição.
“A vitamina D pode aumentar a absorção de cálcio, o que pode contribuir para a formação de cálculos em pessoas predispostas”. Por isso, é importante que a suplementação seja acompanhada por um profissional de saúde, evitando complicações.
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