O presidente da Câmara dos Deputado, Arthur Lira (PP), está empenhado em tentar retomar o controle das emendas de relator, considerado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o portal UOL, parte dos parlamentares afirmam que Lira usava as emendas para garantir apoio ao seu nome para eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, que acontece em fevereiro de 2025.
Ainda segundo a publicação, Lira teria prometido uma quantia bilionária ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, para contar com o apoio da sigla. Atualmente, a legenda tem a maior da Câmara, com 92 deputados federais.
Com a perda do controle das emendas, Lira acabou ficando sem o seu principal “item de barganha” nas negociações na Câmara. A expectativa era que ele anunciasse o seu sucessor neste mês. Porém, sem o controle sobre as emendas, o anúncio deve ser adiado.
Atualmente, três nomes estão na disputa pela sucessão de Lira: Antônio Brito (PSD-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA), tido como favorito do atual presidente da Câmara, mas o líder do União Brasil vai precisar esperar uma solução sobre as emendas para saber se Lira terá capital para negociar novamente.
O ministro do STF, Flávio Dino, suspendeu o orçamento secreto até que sejam criadas regras de transparência sobre os repasses. Além disso, o magistrado também pediu ao Congresso que fosse enviasse informações sobre todas as indicações de emendas de comissão, “incluindo as atas das comissões, ofícios de parlamentares ou outros atos equivalentes”.