Igreja Batista do Pinheiro é Desocupada pela Defesa Civil em Maceió

A Igreja Batista do Pinheiro, localizada na Rua Miguel Palmeira, foi um dos últimos imóveis desocupados na área dos cinco bairros destruídos pela mineração da Braskem. A desocupação ocorreu em 4 de dezembro, durante um culto, quando a Defesa Civil chegou ao local para retirar os presentes e interditar o imóvel.

A igreja, liderada pelo Pastor Wellington Santos, tornou-se um símbolo de resistência contra a mineração irregular na capital alagoana. A casa de fé, com mais de 50 anos de existência, foi uma das 23 interdições realizadas pela Defesa Civil após o colapso da mina 18 da Braskem.

Em 2016, a Igreja Batista do Pinheiro fez história ao aprovar a inclusão de pessoas LGBTQIA+ entre seus membros, o que resultou em seu desligamento da Convenção Batista. Cinco anos depois, a igreja realizou o primeiro casamento homoafetivo em uma igreja cristã em Alagoas e, no mesmo ano, foi reconhecida como Patrimônio Material e Imaterial do estado.

Sete meses após a interdição, os membros da Igreja Batista do Pinheiro estão se mobilizando para reverter a ordem judicial que os impede de retornar ao imóvel. O processo, no entanto, segue sem resolução.

A comissão jurídica da igreja contesta judicialmente o mapa de risco elaborado pela Defesa Civil, que classificou o imóvel como área de desocupação. Eles baseiam sua argumentação em estudos de professores universitários e análises técnicas da própria Defesa Civil de Maceió.

Enquanto a luta judicial continua, a comunidade da Igreja Batista do Pinheiro permanece unida e esperançosa de que poderão voltar ao seu espaço, que além de ser um lugar de culto, é também um marco de inclusão e resistência em Maceió.

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